quarta-feira, 29 de abril de 2009

Segunda-feira. Primeiro dia de férias. Férias de uma semana, ficando no Rio mesmo. Mas ainda assim, férias!

Como sempre, resolvi passear pela Barra da Tijuca. Um lugar que eu gosto muito. Sempre gostei. Longe pra burro, mas mesmo assim, um excelente lugar. Eu fui ao cinema ver o filme "Quem quer ser um milionário". O filme é muito interessante. Mostra, obviamente, as imensas desigualdades sociais na Índia moderna. A intolerância religiosa, violência, mundo das drogas. Crime e redenção. Realmente um excelente filme.

Em vários momentos eu me emocionei. Não cheguei a chorar, mas o coração ficou apertadinho. E pensava: "ah, como eu gostaria de poder fazer alguma coisa para mudar essa situação!"

Mas depois do término do filme, aproximandamente meia hora depois, eu fiquei raciocinando na minha própria hipocrisia. É tanta que dava pra encher um balde! Ao sair do shopping, um menino já veio ficar ao lado do meu carro no sinal. Que absurdo! Como ousa ele vir jogar água no meu retrovisor?!?!? Que disparate. Meu carro! Meu! Comprado com o meu dinheiro!

Disparate? Disparate é a minha hipocrisia de ver um filme e me emocionar; e a realidade que está ali!, do lado do meu carro, na minha cidade, isso não me comove.

Até onde vai a minha hipocrisia, ironia, delírios loucos de consumação?

Até onde?

Sem comentários:

Enviar um comentário